Defesa da Fé
- Adriano Walles
- 28 de jul. de 2018
- 3 min de leitura

Qual foi a última vez que você precisou assumir uma posição firme e decidida a favor de Jesus? Você fez o que devia ou vacilou?
A pergunta acima me leva a uma reflexão: Será que estou representando os interesses de Jesus adequadamente?
Tendo em vista as diversas situações que os primeiros cristãos passaram ao defenderem a sua fé diante de acusações, humilhações, perseguições e até mesmo da morte, o que estaríamos fazendo nos dias atuais para defender nossa fé? Até que ponto estamos dispostos a enfrentar as consequências por Jesus?
Como bons seguidores de Cristo, temos que estar preparados e vigilantes a todo momento pois, as armadilhas de Satanás estão cada vez mais astutas. Ainda mais por vivermos num país onde não temos que enfrentar uma perseguição aberta como em outros tantos países onde, alguém que se declara seguidor de Cristo, é executado quase que imediatamente.
Mas, se é tão fácil assim professar nossa fé por aqui, porque devemos nos atentar a esse assunto? Afinal de contas, não é certo que temos liberdade religiosa? Claro que temos. Contudo, quando o tema é declarar que Cristo morreu para nos salvar, o inimigo atua mais fortemente, construindo situações que muitas vezes nos derrubam sem mesmo percebermos.
E quais armadilhas são essas? Bem, imaginemos uma situação onde uma pessoa trabalha numa empresa e certo dia o chefe a comunica que ela receberá uma promoção de cargo e consequentemente o salário aumentará substancialmente, mas, para isso, precisará trabalhar aos sábados. O que você faria no lugar dessa pessoa? Desistiria da promoção mesmo sabendo que possivelmente não haverá outra oportunidade como essa ou sob o risco de perder o emprego? Parece fácil resolver esse tipo de problema quando existem poucas variáveis. E quanto mais variáveis, maiores são os desafios na defesa de uma crença que muitos poucos creem.
A Bíblia apresenta vários personagens que são exemplos de defesa da fé ao custo de sua própria vida. Dentre todos, destaco o exemplo de Estevão, primeiro cristão morto por causa de sua fé, onde seu discurso de defesa encontramos em Atos 7:1-53.
Estevão sabia que o custo seria enorme, no entanto, ele não demonstrou apatia, medo ou arrependimento diante da multidão que o agredia e o acusava verbalmente. Ao contrário do que comumente alguém faria, Estevão foi para cima dos seus acusadores testemunhando sobre Jesus. O desfecho de sua história encontramos em Atos 7:54-60. Ele foi apedrejado até sua morte e, pouco antes de fechar seus olhos Estevão orou a Deus para que não imputasse esse pecado aos apedrejadores. Seu coração estava tão em paz que ele morreu perdoando aos seus inimigos. Quem de nós estaria preparado para enfrentar uma situação como essa?
Por enquanto, nosso desafio diário é defender nossa crença em Cristo diante da possibilidade da perda de emprego, durante uma enfermidade, diante de familiares que não aceitam a Verdade. Mas chegará um dia em que seremos novamente perseguidos e caçados com nossas cabeças a prêmio. Poderemos ter que decidir em mantermos firme em Cristo e ver nossos filhos e famílias serem mortas por tal decisão. Estaremos preparados para isso? Estaremos preparados para trocar a vida eterna pelos desafios terrenos ou enfrentar os desafios e ganhar a vida eterna?
Devemos manter nosso foco sempre em Jesus, que um dia deixou toda sua majestosa vida em glória para ser humilhado, escarnecido, ferido e sacrificado neste planeta caído.
Tenhamos a certeza de que, fazendo isso, alcançaremos a plenitude da graça, assim como Estevão possuía ao ponto de todos que estavam no Sinédrio enxergarem o semblante de um anjo em seu rosto (Atos 6:15).
Preparemo-nos agora, pois o dia da volta de Jesus está muito mais perto que imaginamos.

































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